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Saiba quem são os presos em operação contra supostos pagamentos irregulares na Secretaria de Saúde de Goiânia

Eles são investigados por pagamento irregular em contratos administrativos e suposta associação criminosa na secretaria, segundo o MP-GO. Prefeitura de Goiânia informou que está colaborando plenamente com as investigações.

Saiba quem são os presos em operação contra supostos pagamentos irregulares na Secretaria de Saúde de Goiânia
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O secretário de Saúde de Goiânia, o secretário executivo e o diretor financeiro da pasta foram presos nesta quarta-feira (27), em uma operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Segundo os promotores, eles são suspeitos de pagamento irregular em contratos administrativos e associação criminosa na secretaria. Veja abaixo quem são eles:

 

  • Wilson Modesto Pollara: secretário de Saúde de Goiânia
  • Bruno Vianna Primo: diretor na Diretoria Financeira e do Fundo Municipal de Saúde
  • Quesede Ayres Henrique: secretário executivo na secretaria de saúde

 

Leia Também:

A Prefeitura de Goiânia, por meio de nota, informou que "está colaborando plenamente com as investigações conduzidas pelo Ministério Público de Goiás"

Wilson Modesto Pollara

 

Wilson Modesto Pollara, secretário de Saúde de Goiânia, Goiás — Foto: Divulgação/Prefeitura de Goiânia

Wilson Modesto Pollara, secretário de Saúde de Goiânia, Goiás — Foto: Divulgação/Prefeitura de Goiânia

Pollara é médico, graduado pela Universidade de São Paulo em 1973. Ele já foi secretário adjunto de Estado da Saúde de São Paulo de 2013 a 2016 e secretário municipal da Saúde de São Paulo de 2017 a 2018.

Em julho deste ano, o Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) determinou o afastamento de Pollara, por três meses. A decisão foi motivada pela suspeita de "má-fé" na tentativa de contratações de sistema web, funcionários e ambulâncias para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Em reportagem publicada no  em outubro deste ano, o secretário falou sobre a crise na Saúde. Na época, ele revelou, durante a prestação de contas na Câmara Municipal, que sua Secretaria está com muitos problemas de recursos e que a situação “não é fácil”. Antes, em reunião no Conselho de Saúde, o secretário desabafou que houve uma promessa de orçamento de R$ 340 milhões, no entanto, recebeu apenas R$ 40 milhões do município.

Bruno Vianna Primo

 

Bruno Vianna Primo, diretor na Diretoria Financeira e do Fundo Municipal de Saúde de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Bruno Vianna Primo, diretor na Diretoria Financeira e do Fundo Municipal de Saúde de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Bruno Vianna Primo é diretor da Diretoria Financeira e do Fundo Municipal de Saúde. Segundo o site da prefeitura, suas as competências são:

  • Compete à Diretoria Financeira e ao seu diretor, o planejamento, a coordenação, orientação e acompanhamento das atividades de controle e execução orçamentária, financeiro, contábil, prestação de contas, contratos e convênios e planejamento dos suprimentos da rede, na Secretaria Municipal de Saúde.

Quesede Ayres Henrique

 

Quesede Ayres Henrique, secretário executivo na secretaria de saúde de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/Carlos Costa

Quesede Ayres Henrique, secretário executivo na secretaria de saúde de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/Carlos Costa

Quesede Ayres Henrique é o secretário-executivo da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. São competências do servidor, segundo o site da prefeitura:

  • Assessorar o Secretário Municipal de Saúde nos assuntos técnicos, a critério do Secretário;
  • Substituir o Secretário Municipal de Saúde e quaisquer titulares de unidades técnicas da Secretaria Municipal de Saúde, a critério do Secretário;
  • Promover a integração permanente das funções e atividades da Secretaria Municipal de Saúde;
  • Exercer outras atribuições correlatas às suas funções e que lhe forem delegadas pelo Secretário Municipal de Saúde.
 

Neste ano, Quesede chegou a assumir a SMS durante o período em que Pollara ficou afastado das funções.

A operação

De acordo com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), a investigação aponta que os envolvidos concederam vantagens indevidas em contratos, desrespeitaram a ordem cronológica de pagamentos e causaram prejuízos ao erário público. Durante a operação, os promotores informaram que foram encontrados R$ 20.085,00 em espécie na posse de um dos investigados.

Além das práticas criminosas, o MP-GO destacou que o esquema agravou a crise na saúde pública de Goiânia. Segundo os promotores de Justiça, o esquema teria impactado o repasse de verbas a entidades como a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc).

A Fundahc enfrenta uma dívida acumulada de R$ 121,8 milhões e tem passado por dificuldades operacionais. Em agosto deste ano, a instituição chegou a suspender os atendimentos nas maternidades Dona Íris, Nascer Cidadão e Célia Câmara, mantendo apenas os procedimentos eletivos na ocasião.

Nesse cenário, a rede pública também tem registrado falta de insumos básicos, interrupção de serviços e restrições ao acesso a leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Recentemente, mortes de pacientes à espera de vagas têm sido relatadas.

Íntegra da nota da Prefeitura de Goiânia

A Prefeitura de Goiânia informa que está colaborando plenamente com as investigações conduzidas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) no âmbito da Operação Comorbidade.

A gestão municipal reitera seu compromisso com a transparência e com a lisura na administração pública, colocando-se à disposição para fornecer todas as informações e documentos necessários ao esclarecimento dos fatos.

A Prefeitura reforça que tomará todas medidas administrativas cabíveis, conforme o desdobramento das apurações.

 

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Redação Goiânia -GO

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